Viajar sozinha já é uma experiência transformadora por si só. Agora, quando você consegue fazer isso sem gastar muito, a sensação de liberdade e autonomia se multiplica. Muita gente acredita que viajar exige um orçamento alto, mas a verdade é: com planejamento, escolhas inteligentes e criatividade, é totalmente possível fazer uma viagem solo inesquecível mesmo com grana curta.
Neste artigo, você vai aprender como planejar uma viagem sozinha com pouco dinheiro, passo a passo — desde a escolha do destino até as formas de economizar em transporte, alimentação, passeios e hospedagem, tudo com foco em segurança, conforto e experiências significativas.
Por que viajar sozinha pode ser mais barato?
Muitas vezes, viajar sozinha custa menos do que em grupo ou em casal, porque:
- Você tem controle total dos seus gastos
- Pode escolher hospedagens menores e mais baratas
- Não precisa ceder a vontades alheias
- Pode improvisar com mais flexibilidade
- Toma decisões mais rápidas e simples
Além disso, a viagem solo te ensina a priorizar o que importa: experiências, encontros, paisagens — e não necessariamente luxo ou ostentação.
Etapa 1 – Defina um orçamento realista
Antes de escolher o destino, saiba quanto você pode gastar sem se endividar.
Divida o orçamento por categorias:
- Transporte (passagem, deslocamentos)
- Hospedagem
- Alimentação
- Passeios e ingressos
- Extras (lembranças, emergências)
Dica: defina o valor total e, a partir dele, escolha destinos compatíveis.
Exemplo:
Você tem R$ 2.000 para uma viagem de 5 dias? Isso dá R$ 400 por dia. Com esse valor, destinos nacionais próximos podem ser ótimas opções.
Etapa 2 – Escolha um destino acessível
Nem todo lugar cabe em todos os bolsos — e tudo bem. O segredo é encontrar beleza dentro da sua realidade financeira.
Como escolher:
- Prefira destinos próximos (menos gasto com transporte)
- Cidades pequenas costumam ser mais baratas que capitais
- Praias ou serras fora de temporada oferecem ótimos preços
- Use ferramentas como Rome2Rio, Google Flights e Skyscanner para comparar custos
Dica bônus: viaje em baixa temporada (março, abril, agosto, novembro) — os preços caem e a tranquilidade aumenta.
Etapa 3 – Economize na passagem
O transporte costuma ser um dos maiores custos. Mas com atenção e flexibilidade, dá pra economizar bastante.
Dicas para transporte:
- Pesquise com antecedência
- Use alertas de preços em sites como Google Flights e Passagens Imperdíveis
- Compare ônibus + hospedagem vs. voo curto
- Prefira viagens noturnas de ônibus: você economiza uma diária de hotel
- Veja caronas seguras em apps como BlaBlaCar (em países onde é comum)
Importante: em viagens longas, calcule se vale a pena comprar passagens com bagagem incluída ou só a de mão.
Etapa 4 – Hospede-se com inteligência (e segurança)
Você não precisa ficar em hotéis caros. Existem muitas opções acessíveis, confortáveis e seguras para mulheres que viajam sozinhas.
Opções econômicas:
- Hostels: dormitórios femininos são baratos e acolhedores
- Airbnb: quartos em casas de famílias podem ser mais baratos
- Pousadas locais: mais intimistas, muitas vezes com café incluso
- Voluntariado: sites como Worldpackers oferecem hospedagem em troca de ajuda
Dica de ouro: sempre leia avaliações feitas por outras mulheres para garantir segurança e conforto.
Etapa 5 – Economize com alimentação sem passar aperto
Comer bem não precisa ser caro. Você pode se alimentar com qualidade e economia com algumas práticas simples.
Como economizar:
- Hospede-se em locais com cozinha e cozinhe parte das refeições
- Almoce em restaurantes por quilo ou self-service
- Leve lanches para passeios (frutas, sanduíches, barrinhas)
- Compre snacks em mercados locais
- Experimente comidas de rua — com higiene, é claro
Dica: invista mais na refeição principal do dia e equilibre o restante com opções simples.
Etapa 6 – Explore passeios gratuitos ou de baixo custo
Você não precisa pagar caro para viver experiências incríveis. Muitos dos melhores momentos de uma viagem são gratuitos.
Exemplos:
- Parques, praças e mirantes
- Museus com entrada gratuita em dias específicos
- Feiras e mercados locais
- Caminhadas autoguiadas (pesquise roteiros no Google ou use apps)
- Free walking tours (com contribuição voluntária)
Dica: antes de viajar, pesquise “o que fazer de graça em [nome da cidade]” — você vai se surpreender.
Etapa 7 – Use a tecnologia a seu favor
Alguns apps podem te ajudar a economizar em praticamente tudo:
- Rome2Rio: mostra todas as formas de chegar em um lugar
- Maps.me: mapas offline gratuitos
- Google Maps: veja o que fazer perto de onde está
- Booking e Hostelworld: comparam preços de hospedagem
- Couchsurfing: hospedagem gratuita (com segurança e avaliações)
- Splitwise: controle de gastos durante a viagem
- Wise ou Nomad: para quem vai viajar para o exterior e quer evitar taxas altas de câmbio
Etapa 8 – Leve apenas o essencial
Viajar com pouca bagagem ajuda a evitar taxas e ainda facilita seu deslocamento.
O que levar:
- Roupas versáteis que combinem entre si
- Calçados confortáveis
- Garrafa de água reutilizável
- Mochila de ataque pequena para passeios
- Protetor solar, farmácia básica e documentos digitalizados
Dica: lave algumas peças durante a viagem, se necessário — e evite excesso!
Etapa 9 – Prepare-se emocionalmente
Viajar com pouco dinheiro exige também inteligência emocional. Você pode encontrar contratempos e restrições, mas isso não diminui a qualidade da sua viagem.
Fortaleça seu emocional:
- Valorize as pequenas conquistas (como pegar o ônibus certo ou negociar um preço)
- Esteja aberta ao novo sem se comparar com viagens “instagramáveis”
- Lembre-se que o valor da sua experiência não está no quanto você gastou, e sim no que você viveu
Etapa 10 – Abrace o simples com gratidão
Algumas das experiências mais marcantes de uma viagem solo barata podem ser:
- Um pôr do sol em silêncio
- Um café com um desconhecido que virou amigo
- Um banho de cachoeira inesperado
- Um prato típico feito com carinho por uma cozinheira local
- Um dia inteiro sem pressa, apenas sentindo o lugar
Essas experiências não custam caro. E são as que ficam na alma.
O mundo está ao seu alcance — mesmo com pouco dinheiro
Você não precisa ser rica, nem ter uma mochila cheia de euros ou dólares para explorar o mundo. Você precisa de vontade, coragem e planejamento.
Viajar sozinha com pouco dinheiro é possível, sim. E mais do que isso: é transformador.
Porque você aprende a confiar em si, a valorizar o essencial e a se encantar com o simples.
Se você tem pouco dinheiro, mas muita vontade, vá assim mesmo.
Porque no final das contas, a experiência que você vai viver é muito mais valiosa do que qualquer cifra.